Crédito: João Carlos Rocha.
Música, que chega às plataformas de áudio no Dia da Consciência Negra, propõe uma releitura do clássico “Garota de Ipanema” e retrata a beleza da mulher preta da favela.
Já está disponível no YouTube o clipe de “Sol da Favela”, o mais recente lançamento de Lukinhas, que conta com a participação do rapper Pelé MilFlows . A música de ritmo suave e contagiante, que conta com toques de Bossa Nova sem perder toda essência do Funk/ Rap, característicos do trabalho de Lukinhas, exalta a beleza da mulher negra moradora de favela e chega às plataformas de áudio nesta sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra – ouça aqui.
A faixa sai pelo Inbraza – selo pop da Som Livre em parceria com a Liga Entretenimento -, e faz uma releitura da famosa canção de Tom Jobim, “Garota de Ipanema”. “Queríamos fazer uma homenagem à mulher preta da favela, então usamos de inspiração a ideia da ‘Garota de Ipanema’, que exalta uma mulher com corpo dourado no sol de Ipanema. Trouxemos para nossa realidade, adaptando para a mulher preta, no sol da favela”, conta Lukinhas.
O refrão traz trechos como “Olha que preta mais linda/ Brotou aqui na praça/ Quem é essa menina/ Soltando fumaça/ No sol da favela/ Deixa ela passar/ Moça seu corpão tá bala/ Coisa de cinema/ E o rabão nem fala/ Cara do problema/ No sol da favela/ Deixa ela passar”, apresentando a atmosfera urbana e periférica como inspiração.
O vídeo começa com imagens das lindas praias da Zona Sul do Rio de Janeiro e mostra dois jovens apaixonados. Na sequência, cenas do casal em atividades cotidianas na comunidade da Asa Branca, na Zona Oeste do Rio, onde se passa o clipe. O cantor, que cresceu no local, busca levantar a força da comunidade, o antirracismo e a igualdade social como suas principais bandeiras.
A melodia transmite um ambiente positivo e alegre, fruto da boa relação de Lukinhas com os outros moradores da comunidade. A intenção é mostrar que a favela é também um bom lugar para viver e construir histórias. “Usei minhas experiências pessoais no clipe. Tudo o que encenei ali, eu já faço todos os dias na Asa Branca. Foi fácil porque tudo ali já fazia parte da minha rotina na comunidade”, resume o cantor.