Arte de capa por Suzanna Tierie / Crédito: Suzanna Tierie.
Ivo Vargas revela “Zo”, primeiro single de “Atalaia”, seu álbum de estreia solo a ser lançado em 2021 pelo selo Cantores del Mundo. Em um trabalho de retorno para as suas raízes, o artista mescla tons de folk, indie rock, jazz e música brasileira em um caldeirão sonoro e linguístico – a faixa é cantada em português, inglês e holandês. “Zo” está disponível para streaming e ganhará um clipe em breve.
“Zo” é um folk caiçara composto ao lado da fotógrafa e letrista Suzanna Tierie, que assina ainda outras duas canções e a identidade visual ao lado de Ivo em “Atalaia”, combinando direção artística, fotos e arte de capa e se tornou peça fundamental para este trabalho. O álbum nasce também dessa união, onde os dois, além de parceiros de vida, se tornaram co-autores.
“Zo” é uma reconexão de Ivo Vargas com as raízes e cultura de sua terra – a Região dos Lagos no interior do Rio de Janeiro. Experiente músico, cantor e compositor, o artista se volta para dentro em um álbum onde se re-apresenta enquanto autor e criador. “Atalaia” irá reunir uma gama de composições que mostram um outro lado de Ivo, abarcando influências que vão muito além da MPB à qual sempre se associou. Para isso, ele se une aos músicos Diogo Sili (guitarra, violão e banjo), Guilherme Marques (sintetizador) e Gabriel Barbosa (bateria).
“Zo” e as composições de “Atalaia” vieram de um período de imersão após o retorno de Ivo Vargas ao Brasil. O artista circulou com o guitarrista e compositor argentino Nicolás de Francesco por toda a Europa e América Latina com o projeto Rio Rosa ao longo de dois anos. De volta em casa, Ivo foi a fundo em suas origens e mesclou a bagagem dessas viagens culturalmente ricas em uma identidade musical: o indie caiçara.
“Quando voltei ao Brasil, senti a necessidade de me embrenhar no meu lugar, na minha terra. Me aprofundei nas composições de ‘Atalaia’ e na busca da minha identidade como compositor, como artista. Sempre vivi de música, mas minha história com composição é muito recente e eu ainda precisava dessa afirmação. ‘Atalaia’ sintetiza e anuncia tudo isso, esse começo. Venho do litoral do interior do estado do Rio de Janeiro, onde o mar dita o tempo, dá o sustento. No mar escrevi pro mar, pro amor, pra vida. Isso fala muito da ‘Atalaia’. Sempre no mar, no meu refúgio, onde eu sempre vou quando quero compor ou conversar com os deuses”, explica Ivo.
O nome do álbum vem do árabe e significa “lugar elevado onde se vigia, observa, uma sentinela”. Esse é, também, o sentido do disco: uma observação da vida, da natureza e das relações. Além disso, faz uma referência ao Pontal do Atalaia, em Arraial do Cabo, nas terras caiçaras de onde Ivo Vargas é natural.
Originário de Cabo Frio, ele atua na música desde os 17 anos como cantor, compositor e violonista. Em 2005 passou a integrar Giras Gerais, se unindo à sua irmã Júlia Vargas e a Claos Mozi, originando um EP “Cacos de Caos”, lançado em 2015. No álbum “Pop Banana”, da própria Júlia, Ivo aparece como compositor na faixa “Pedra Dura”, que a artista gravou com Ney Matogrosso. Posteriormente, o grupo Iara Ira – que reúne Duda Brack, Juliana Linhares e Júlia – gravou “Negra Mata”, parceria de Ivo Vargas e Arthus Fochi na composição. Ivo se uniu a Fochi novamente em “Canção do Sol”, single lançado em 2020 onde cantam juntos. E no mesmo ano lançou seu single de estreia solo, “O Senhor H e Seu Bigode”, pelo selo Porangareté, com quem também gravou “Arara”, composição com Chico Chico e Salomão Pessoa.
2021 promete ser um ano de novidades para Ivo Vargas. Dois Varguinhas, projeto formado ao lado da irmã para cantarem composições próprias e de amigos, ganhará um disco. E com o Rio Rosa, formado em 2016, tem um álbum para ser revelado também este ano. Como artista solo, em 2021 já revelou o EP “IVO”, pelo selo Cantores del Mundo, reunindo faixas gravadas em 2015 e neste ano.
Enquanto isso, é possível ouvir “Zo” nas principais plataformas de música.