Foto: Flora Negri.
Interpretando as próprias dores do fim de um relacionamento, Larissa aposta em um conceito visual tenso e libertador. A estreia do clipe acontece na próxima sexta, 21 de maio.
Observar os processos de autoconhecimento e materializar os sentimentos através da arte são elementos que fundamentam a canção “Eu choro, não nego” da pernambucana Larissa Lisboa, em parceria com o pianista Amaro Freitas. A faixa ganha agora um formato de videoclipe, que estreia na próxima sexta, 21 de maio, no canal do Youtube da artista.
A potente e suave voz de Larissa expõe em Eu choro, não nego as feridas deixadas por um doloroso término de relacionamento e, para criar uma ambiência sonora que dialogasse com a temática, a artista escolheu a dedo os pianos do conterrâneo Amaro Freitas. O resultado flerta com um som pop, eletrônico, experimental, dançante e reflexivo.
“Quando eu fiz a música, eu já sabia que queria a sensibilidade de Amaro para me complementar. Fiz o convite e ele topou e, para mim, foi uma felicidade imensa poder dividir a faixa com um artista tão completo como ele e a quem eu tanto admiro”, revelou, Larissa.
Autobiográficos, a faixa e o clipe abordam as diferentes fases de libertação da mulher em seu estado de angústia protagonizadas pela própria Larissa. “Esse clipe é a materialização do meu processo de libertação. É importante perceber o lugar que não nos cabe mais, sentir a dor e buscar evoluir”, contou a pernambucana.
Destaque para a integração entre vozes, piano e edição do vídeo, que estão sempre em harmonia no clipe. Larissa comemora: “O piano cumpre um grande papel de trilha sonora e dita, de certa forma, os cortes do clipe. É muito bonita a conversa entre voz, instrumento e vídeo”.
Dirigido por Luara Olívia, o material audiovisual contempla os elementos água e mato em forma de natureza viva como cenário sombrio para performances sutis, que soam quase como entidades. A presença de cores mais fechadas e imagens mais estáticas do clipe também ditam um tom mais dark para estética, criando uma atmosfera agonizante, perturbadora, mas ao mesmo tempo libertadora.
Além do cenário, a maquiagem assinada por Zé Lucas e o figurino idealizado pela própria Larissa, junto com Catarina Calábria, foram fundamentais para chegar no conceito que dialogasse com toda a estética sombria e mística do clipe. As peças foram produzidas por Carmem Borges.