“Coração Selvagem” ganha releitura com clipe dirigido por Ariela Bueno, que explora a profundidade dos afetos .
Já faz tempo que Ana Cañas é encantada por Belchior. Nos últimos quatro anos, em seus shows, a cantora paulistana sempre encaixava uma das joias do cearense que nos deixou em 2017. A pandemia chegou, veio a era das lives e Ana não teve dúvidas sobre qual artista escolher para um show virtual. Aquele repertório era tão atual e combinava tanto com a visceralidade de Ana que o resultado acachapou os corações dos mais de meio milhão de espectadores daquela live.
Instantaneamente, começou um movimento dos fãs da cantora pedindo um registro oficial para as novas versões. Ana já estava tão envolvida com o universo Belchior, que decidiu acatar a ideia do projeto e hoje chega às plataformas de música – através de seu selo, Guela Records em parceria com a Believe – o primeiro single do álbum.
A música escolhida para abrir os trabalhos foi “Coração Selvagem”. “Ela é muito especial pra mim e tem uma das minhas letras favoritas, pois versa sobre a urgência das paixões, a importância da entrega nas relações e sobre a profundidade da alma”, explica. Todos esses valores estão diretamente ligados à carreira e personalidade da cantora. “Acredito e carrego tudo isso comigo”, afirma.
A faixa produzida pela própria Ana Cañas com Fabá Jimenez traz uma maneira especial e de certa forma sutil de encarar versos tão impactantes. “É um olhar diferente que nos coloca no paralelo tangível dos afetos profundos e tão essenciais”, destaca. É exatamente nisso que se inspira o clipe dirigido por Ariela Bueno que acompanha o lançamento. Nas cenas, Ana e o ator Lee Taylor parecem sentir a chama primitiva do mais puro sentimento. “Ter o coração selvagem, pra mim, é ter coragem de amar”, resume a cantora. E coragem nunca faltou pra Ana se jogar de peito aberto em tudo que se envolve.
Ela mergulhou nos discos do ídolo, leu livros, assistiu dezenas de entrevistas e descobriu um artista ainda mais genial, intenso, atemporal, existencial e profundamente poético. “Cantar esse repertório é um grande desafio, pois as letras estão sempre tocando na metafísica das coisas, da vida e são extremamente atuais”, conclui.
Ficha técnica:
Ana Cañas – Voz
Fabá Jimenez – Violão / Guitarra / Pandeirola
Adriano Grineberg – Teclado Hammond
Fábio Sá – Baixo
Mixado por Gustavo Lenza
Masterizado por Carlos Freitas
Clipe
Direção – Ariela Bueno
Edição – Fred Siewerdt
Participação – Lee Taylor