Crédito: Gabriela Schmidt
Depois de chamar atenção nacionalmente com singles como “Blow Out”, que recebeu um remix do duo Seakret; e “Pálida”, dueto e composição com Phill Veras, a cantora, compositora e atriz Marcella entrega um registro intenso, intimista e profundamente pessoal com o seu aguardado primeiro álbum de estúdio. “Ella (2015 – 2022)” é, como sugere o título, um recorte de um período de mergulho criativo profundo, onde a artista vai do sensorial ao dançante, do inglês ao português em sete faixas. O lançamento chega às principais plataformas digitais pelo selo Gole.
Ouça “Ella (2015 – 2022)”: http://listentomarcella.
Marcella consolida, com este trabalho, uma longeva vivência artística que envolve o trabalho como atriz e como cantora. Visualmente, o álbum dialoga com suas experiências como modelo e influenciadora digital. São todas facetas de uma mesma criadora inquieta, intencional e profundamente sincera, o que faz do disco um cuidadoso perfil de uma mulher ao mesmo tempo madura e em busca de respostas. Essa caminhada perpassa seus estudos – as formações em Economia, Teatro e Moda, com cursos na Berklee, em Nova York e em Paris. Agora, todas essas versões de uma mesma mulher se encontram em “Ella (2015 – 2022)”.
“Tirando todas as máscaras e tudo… O que continua aqui dentro, de todos esses personagens que criei e já fui, é a Marcella que sempre quis fugir desse caminho traçado. Eu hoje reconheço esse meu lugar. Na música, na arte, no teatro… É onde eu me sentia livre para ser eu e fazer as coisas do meu jeito. Eu vi que algumas pessoas reconheceram alguma coisa em mim e me admiraram por aquilo que era só meu, e foi aí que eu comecei a dar voz pra essa Marcella que sempre quis fazer isso de alguma maneira. Eu acho que resgatar isso e me reconectar com isso tem lugares em mim que eu preciso alimentar para continuar sendo eu mesma. Não tenho medo de morrer, mas tenho medo de não viver tudo que eu tenho pra viver. É o se permitir fazer algo que você acredita e se doar, se entregar e apenas ser o que você quiser ser”, resume a artista.
A lista de músicas de “Ella (2015 – 2022)” explicita essa busca por conexão, consigo mesma e com o outro. “Highlies” é o desejo por uma companhia em momentos de caos, solidão e dúvidas. “Roteirista” quer a edição da solidão, um bom ritmo de narrativa, um final feliz. “Orinoco Flow” é uma ousada interpretação do clássico de Enya, enquanto a sensível “Pálida” mescla os dois lados da musicalidade de Marcella: o orgânico e o eletrônico, com participação de Phill Veras.
A segunda metade do disco começa com o sucesso “Blow Out”, uma canção otimista para tempos de recomeço. “About Time” descreve uma entrega a um amor que faz os conceitos de tempo e espaço desaparecerem. A climática “Talhamar” traz um arranjo sofisticado para descrever a perda da paz e a ansiedade como o vai e vem das ondas de um mar. Por fim, a versão mais dançante de “Blow Out” encerra o trabalho com o remix de Seakret, duo formado pelos produtores de pop e hip-hop Pedro Dash e Dan Valbusa, que já criaram hits de grandes artistas como Anitta, Projota, Mc Guimê, Emicida e muitos outros.
Em comum, as canções de Marcella trazem o frescor de uma estreante, sem abrir mão da maturidade de alguém que vive a música desde sempre e tem muito a dizer. O primeiro capítulo musical da trajetória da artista está disponível em todas as principais plataformas de streaming, enquanto Marcella segue preparando outros lançamentos ainda para este ano.