Projeto vem acompanhado de um clipe dirigido pelo próprio cantor.
Compositor, cantor e instrumentista, Sérgio Britto, integrante da banda Titãs, vem desenvolvendo nos últimos anos, paralelamente à banda, um projeto solo com personalidade e características próprias. Trata-se, a grosso modo, de música pop com elementos da bossa nova e MPB.
Em seu novo trabalho, lançado em 06 de novembro em parceria com o Midas Music, Sérgio continua explorando a trilha aberta nos seus discos solo anteriores. Dessa vez, serão lançadas duas canções (um compacto com lado A e lado B), a cada três meses, até completar um total de 12, fechando o álbum.
“Epifania”, o lado A desse primeiro compacto, pende mais para o pop. O título da música (Epifania) se refere a um sentimento que expressa uma súbita sensação de entendimento ou compreensão da essência de algo. Segundo Britto a música fala de um momento de descoberta ou insight, que é quando de repente a gente tem um pensamento com poder de transformar as nossas vidas ou nos ajudar a achar a solução para algo. Já “Tradição” tem ingredientes de samba tanto na melodia quanto na parte harmônica. Esta última canção, vale notar, foi gravada ano passado por Elza Soares no seu mais recente trabalho “Planeta Fome”. As duas músicas, como é habitual no trabalho solo de Britto, são extremamente melódicas e apesar das diferenças tem muitos traços em comum.
Junto com o lançamento desse primeiro trabalho, Sergio Britto disponibiliza também, hoje, um clipe da música “Epifania”, gravado durante a quarentena, no Litoral Norte de São Paulo. “Eu tive a ideia de gravar com o que era possível, durante esse período, e parti do princípio de fazer alusão a dois versos que eu acho carregados de significado na música: ‘Não se esconda mais em meio ao lixo que o mar traz’ e ‘Não se esconda mais na sombra que seu muro faz’”, conta Britto. A primeira parte é toda gravada na praia e a segunda em frente a muros. “As pessoas que aparecem no clipe são meus filhos, quem filma sou eu e meu filho José Britto”, completa dizendo que a edição ficou a cargo de Edu Burger com quem Sérgio dividiu a direção.
“Epifania” foi produzida por Sérgio Fouad que também toca baixo nessa faixa. A bateria ficou a cargo de Mario Fabre e a guitarra e o violão são tocados por César Bottinha. “Tradição” tem produção de Guilherme Gê, que também escreveu um belíssimo arranjo de madeiras e cordas para a música. Sérgio Britto cantou e tocou piano nas duas gravações.
A ideia de lançar compactos surgiu, a princípio, a partir da vontade de resgatar um formato muito bem sucedido que acabou ficando esquecido na era digital. A ideia é basicamente lançar sempre um single lado A mais pop e acessível, acompanhado de um lado B, um pouco mais conceitual. Sempre duas músicas, uma complementando a outra. Isso com o intuito de obter um instantâneo mais rico do que virá a ser o álbum como um todo.
Sérgio se diz muito satisfeito e entusiasmado em retomar a parceria com o Midas e Rick Bonadio com quem já trabalhou várias vezes, tanto como artista solo como com os Titãs. “As expectativas são as melhores possíveis para esse lançamento”, conta.
Com 38 anos de carreira, Sérgio Britto é autor de sucessos como “Epitáfio”, Homem Primata”, Diversão”, Enquanto Houver Sol”, “Flores”, “Go Back”, “Por Que Eu Sei Que É Amor”, “Miséria” e “Comida”, entre muitos outros. No seu último projeto solo gravou, com participação especial de Rita Lee, a premiada “Purabossanova”, eleita melhor música do ano pelo júri da rádio MPB FM, em 2014. São destaques também “Aqui Neste Lugar”, com participação especial de Negra Li, e “Como Iguais”, com Luiz Melodia.