THIAGO RAMIL LANÇA HOJE “E A IMENSIDÃO DO UNIVERSO”, TERCEIRO EP DE ÁLBUM VISUAL INÉDITO.
Após apresentar os EPs “O Sol Marca” e “O Andar do Tempo”, o cantor e compositor gaúcho Thiago Ramil lança “E a Imensidão do Universo”, coleção de três canções que aposta na sonoridade invernal, sob produção musical de Pedro Dom, atualmente radicado em Las Vegas, e vídeos da artista visual Isabel Ramil com performances da bailarina Geórgia Macedo.
O EP mergulha em climas e temas bem profundos e intensos, como a existência, com leveza e densidade nos arranjos. As imagens criadas por sua prima Isabel Ramil no curta-metragem que ilustra as três faixas no YouTube também reforçam essa força e mergulho interior do EP.
A primeira faixa, “Ser” (Thiago Ramil / Guilherme Becker / Pedro Dom), traz à luz o sentimento marítimo e desértico da orla de Tramandaí, onde Thiago passa o período pandêmico e onde criou o álbum. Inspirado num poema de Guilherme Becker, a música une os entes Ar e Mar. “O título da canção pode ser um verbo, ser, ou um sujeito, o ser. E os arranjos refinados do Pedro para o violino e o clarinete expressam bem essa dualidade na relação do ar, do mar e do desejo da letra”, conta Ramil. A canção tem a participação do duo Alívvvio, formado por Guilherme Becker e Bela Leindecker, que dividem com Thiago o coro da canção. “É uma música com um tom mais erudito, cinematográfico, e foi totalmente criada à distância, com um oceano entre nós”.
“Gravidade” (Thiago Ramil / Pedro Dom) foi composta há 10 anos, inicialmente em inglês e usada em alguns espetáculos do grupo multidisciplinar Afluência, que Thiago faz parte. Há cerca de três anos, o produtor, pianista e arranjador do EP Pedro Dom refez o piano da canção e esta gravação foi resgatada do baú de Ramil, que criou nova letra – desta vez em português. “A música fala sobre maternidade, a força da relação filho-mãe, mas também investe em outro caminho que acho muito bonito, a relação limite-potência que temos com a gravidade. Ao mesmo tempo que ela nos dá, ela nos tira. Nos tira a possibilidade voar e nos dá a possibilidade de correr, ou existir. Se não houvesse a gravidade, não existiríamos”, sugere Thiago, levantando temas como o Universo e a Imensidão na canção.
O EP finaliza com “Roda” (Thiago Ramil), inspirada em um garoto especial que Thiago conheceu quando trabalhava como psicólogo em uma casa de acolhimento institucional . A criança tinha uma relação muito forte com a figura do círculo, da bola, e Thiago se inspirou nesta imagem ao compor. “A letra algumas vezes mistura o eu e tu, um reflexo dessa convivência, pois muitas vezes perde-se as fronteiras quando nos relacionamos de forma afetuosa com alguém”. É uma música que emociona muito o artista e resume, de certa forma, o álbum completo (os 4 EPs). “Ela tem o movimento, a circularidade, a translação, o todo, as estações”, analisa ele, que também destaca as texturas percussivas de sua irmã Gutcha Ramil e a guitarra de Lorenzo Flach, essenciais para expressar a leveza e profundidade da canção.
ÁLBUM VISUAL: Ao longo do mês de Abril, Thiago Ramil lança quatro EPs. Cada um com um caminho sonoro e cromático diferente. “Cada estação do ano tem uma tonalidade predominante: Verão – amarelo; Outono – vermelho; Inverno – azul; Primavera – verde. Dentro de cada EP, as músicas vão variando de tonalidade, na medida que se afastam de uma estação e se aproximam da outra. Dessa forma, o ápice da tonalidade está nas músicas do meio de cada EP. Assim, a variação da coloração das músicas faz com que o álbum completo represente uma espécie de degradê (arco-íris), em que a cores vão variando sutilmente até retornar ao início, completando a volta”, explica Thiago.