SÃO PAULO

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CONHEÇA O SOM: E.G. PHILLIPS


A dupla de abertura de flauta e flugelhorn do novo e arejado oferecendo “Till We Have Faces Again” de E.G. Phillips lembra os discos de jazz dos anos 1950, mas a referência à pandemia na letra a marca como uma composição muito mais contemporânea. O título atua como um refrão esperançoso – uma certeza de que isso também passará. Eventualmente, seremos reconectados e “teremos caras” novamente. Phillips, vocalista de sua banda falsa chamada “Ducks With Pants”, tem sido uma presença constante no cenário musical em São Francisco há anos, apresentando-se em locais como Bazaar Cafe e Lost Church. Dezenas de artistas cobriu suas canções peculiares com suas letras vívidas e caprichosas como parte de seu (principalmente) EGPhest anual celebração, que reúne a comunidade musical local.

O novo álbum em que o single aparecerá é intitulado “Alien from an Alternate Earth” e será lançado em Abril. Com grooves de apoio que vão do jazz cool da Costa Oeste a big band, este conjunto distinto de músicas foi gravado no Wallys HydeOut, também conhecido como Hyde Street Studios em San Francisco, na mesma sala onde faixas clássicas de artistas como Santana, The Grateful Dead e Herbie Hancock foram lançadas. Alguns dos Os músicos de jazz mais requisitados da Bay Area são apresentados, incluindo Jeffrey Burr na guitarra e Rich Armstrong em chifres. O álbum foi produzido por Chris McGrew (griddle, Seal Party) e masterizado por Gary Hobish, um veterano de muitos remasters de álbuns de jazz clássico.

O título da música recém-lançada e seus versos fazem alusão ao mito grego de Cupido e Psique, por meio de  C. S. Lewis. Psique, é claro, sofreu seu próprio isolamento e provações estranhas, que é o elo comum entre sua situação e o bloqueio que o mundo sofreu no ano passado. Enquanto o narrador da canção lamenta, talvez um pouco irônico, não mudou muito para ele, o acompanhamento, com seus estilos de Bossa Nova, oferece certa leveza diante da nova realidade.