SÃO PAULO

ONDE TUDO ACONTECE!

OUÇA AGORA: ANA MOURA.


Em entrevista recente, Ana Moura abriu as portas para o seu pensamento. “Este álbum é tudo menos exclusão”, declarou o artista, referindo-se ao álbum do qual passou a ser conhecido o segundo single, “Jacarandá”. “Seu inclusão, é o encontro de todas as heranças que eu tenho ”.

 Mais tarde, na mesma entrevista, Ana também disse que “O caminho é feito de descobertas”. E se com “Andorinhas” Ana descobrisse a força da sua própria liberdade, com o novo “Jacarandá” ela deixa perceber o aroma de sua visão, com uma canção feita em iguais medidas de êxtase e equilíbrio, de palavras poéticas e ritmos sensuais que traduzem um sentimento atlântico, desenhado de Lisboa, mas percebendo o que vem do Brasil ou da África. “Jacarandá” foi feito com o preciosa colaboração de Mike Scott, um guitarrista que acompanhou Prince e que dá um toque de classe universal a esta nova música.

No novo álbum, Ana Moura expressa, com uma voz tão única como sempre, o que soa como um novo conjunto de emoções. “Jacarandá” começa com uma melodia sentida expressa em sua voz, sem palavras, pura emoção. Chá a narrativa vem depois: “fecho os olhos e não estás distante” “fecho os olhos e não estás longe”), “Perco os sentidos, não perco o norte, por ter a sort de ainda te ouvir ouvir” (“Eu perco os meus sentidos, eu não perder o norte, porque tenho sorte de ainda te ouvir chamar ”), confessa. A produção é avançada e o ritmo convida ao doce swing de uma dança a dois. Dançar, é importante ressaltar, é uma forma de expressando liberdade. E Ana Moura agora quer dançar.

A artista chega em 2021 com uma jornada cheia de triunfos, somando prêmios de vendas aos aplausos do público e da crítica internacional, por ter conhecido os palcos mais importantes dos mais conceituados salões mundiais. Algum artista faria para se manter nessa posição, mas Ana Moura sabe que criar é sempre arriscar um recomeço: “Estou atenta a estas mudanças e estudo a melhor forma de me relacionar com o meu público, sem intermediários”. A Ana quer mesmo dançar, directamente, com o seu público, um fado que tenha apelo universal, que pressupõe uma condição tropical, que é agora e no futuro, tanto dela quanto de quem a agarra.